23.11.15

Orar é fundamental.

Os dias estão terrivelmente difíceis. Precisamos cada vez mais de fortalecimento e de encorajamento, para enfrentá-los com ânimo e vigor.

E é aqui que nos deparamos com uma de nossas maiores lutas.

Existe uma imensa dificuldade em cada um de nós para desenvolver o hábito sistemático de orar. E aqui vale ressaltar que é na oração que está uma de nossas maiores fontes de fortalecimento espiritual!

Sim, é verdade que a oração tem sido uma prática muito difícil em nossos dias. Mas ainda assim temos que lutar para que a mesma ocupe sempre uma posição primordial em nossas vidas.

Infelizmente é muito comum vermos vários períodos do nosso dia, e que poderiam ser dedicados à oração, sendo gastos com inúmeras outras atividades irrelevantes a nossa vida.

Sabemos, através da Palavra, que a oração é imprescindível para aqueles que realmente querem uma vida de comunhão com Deus, pois uma vida espiritual sadia é perfeitamente possível através da prática constante da oração.

Diante desta importante consideração, não podemos deixar de observar que a Palavra de Deus ensina também que é através da oração que os nossos problemas "alcançam soluções", que o refrigério vem sobre nós e que muitas maravilhas podem ser realizadas pelo Senhor.

Em Atos dos Apóstolos, cap. 12 : 10, por exemplo, Pedro estava preso, dormindo entre dois soldados, ligado a duas cadeias, prestes a ser apresentado ao povo pelo rei Herodes. A Bíblia descreve que naquela mesma noite, o anjo do Senhor lhe sobreveio, resplandecendo uma luz na prisão, fazendo-lhe cair às cadeias e passando-o por todos os guardas que o vigiavam. Quando chegaram à porta principal de saída, a mesma abriu-se por si só e Pedro foi livre da prisão de uma forma sobrenatural e maravilhosa. Em resumo, este homem vivenciou um grande livramento, glorioso e sobrenatural da parte de Deus!

Mas aqui vem uma pergunta: qual foi o grande motivo que levou Deus a interferir na prisão do apóstolo? Simples. Enquanto ele estava na prisão “à igreja orava continuamente por ele a Deus” - At. 12:5.

É fato que sem a intervenção divina Pedro jamais conseguiria sair daquela prisão ou das mãos do próprio Herodes! Mas a Palavra do Senhor claramente nos mostra que a oração foi o fator principal nessa ação sobrenatural de Deus na vida dele.

Queridos, façamos um compromisso com Deus de orar mais; chegar mais cedo aos cultos para orar, buscá-lo com fervor e constância, assumir a responsabilidade de interceder pelas almas que estão necessitando ser libertas da “prisão do pecado”, enfim.

Busquemos ao Senhor enquanto se pode achar, pois é orando que avançaremos, que as portas irão se abrir, que as muralhas irão cair, que o inferno irá recuar e que chegaremos mais perto de Deus.

Creia nisso! Ore por isso! Viva isso!

Que Deus te abençõe!

20.5.15

O Cristianismo sem Cruz.

Penso ser importante refletirmos sobre este tema, em função da seriedade e pertinência que ele possui nos dias atuais.

É muito triste perceber a indiferença que tem tomado conta do povo de Deus neste tempo presente e que trazem grandes desafios morais e espirituais para nós.

Esta situação vem se firmando, em grande parte, por culpa de muitos “pregadores pseudo-pentecostais” que levam os membros das igrejas a praticarem um tipo de cristianismo sem sofrimento, sem doença, sem dificuldade financeira, sem rejeição, sem descontentamento, sem dor, enfim, sem cruz.

As pessoas estão aceitando a Cristo como Salvador, porém, imaginando que essa decisão se equivale ao ato de tomar uma vacina que as tornam imunes a todos os males e problemas desta vida, colocando-as de fora dos dilemas humanos. E isso não é verdade!

Que Deus é o Todo Poderoso ninguém duvida. Que Ele quer abençoar os seus filhos também é uma crença corrente. Mas não podemos alimentar o ensino equivocado da prosperidade e da bênção incondicional, sem a mínima fundamentação bíblica como alguns vêm propagando. Estes “pregadores pseudo-pentecostais” dizem que Deus vai dar tudo a todos como se Ele estivesse a serviço do cristão.

Pensar e agir como se as coisas fossem tão fáceis e simples assim é aceitar e propagar uma espécie de anticristianismo. Afinal, as dores que sofremos também devem ser consideradas como bênçãos de Deus, porque sem elas não teríamos como diagnosticar as doenças e valorizar a saúde.

O homem moderno está mesmo é em busca de facilidades, comodidades e prazer a todo custo. É por isto que a ciência e a tecnologia vêm fazendo grandes esforços para responder a contento os anseios de satisfação e o grau de exigência das pessoas.

Como consequência dessa busca insaciável, o ser humano tem se tornado doente.

Nunca os consultórios de analistas e psiquiatras foram tão frequentados como nos dias de hoje e as pessoas jamais consumiram tanto medicamento para resolver os problemas de insônia e depressão, causados pela infelicidade, angústia e tristeza de corações vazios.

Esta situação, visível em grande parte, tem sido gerada por uma expectativa falsa, pois o ser humano não foi criado para o prazer, mas sim para desafios e realizações.

Lamentavelmente, muitas seitas e inúmeras igrejas evangélicas têm caído na tentação de apresentar um “cardápio de facilidades” repleto de promessas sem apoio bíblico como se o cristianismo fosse um balcão negócios, onde se vende sonhos e ilusões para manter acesa a falsa esperança de muitos pobres e miseráveis que são levados a acreditar que o verdadeiro cristão não passa por tribulações.

Ninguém tem o direito de alimentar falsas esperanças no povo de Cristo. Muito menos aqueles que atuam como mensageiros do Deus Altíssimo.

Esta situação fica ainda mais agravada quando nos deparamos com a adesão de muitos líderes de igrejas históricas e biblicamente tradicionais no que diz respeito à prática e divulgação da sã doutrina; igrejas que até pouco tempo consideradas sérias no compromisso irrestrito com o evangelho.

É nítido vermos muitos lideres destas igrejas que, influenciados por estas ideias estapafúrdias, se valerem de programas televisivos, de rádio e, principalmente, da música gospel para enfatizar o “Ter” em lugar do “Ser”.

Com a predominância deste sentimento nada saudável, que vem sendo disseminado e facilmente assimilado, os novos crentes estão se tornando cada vez mais indiferentes aos grandes desafios da fé cristã.

Frequentam os cultos quando podem, contribuem quando sobra, oram quando têm problemas, leem a Bíblia quando vão à igreja e, com algumas poucas e boas exceções, difamam, fazem intriga, se opõem aos pastores e cometem os mesmos erros de pessoas que ainda não tiveram um encontro pessoal com Cristo.

Este é o Cristianismo sem Cruz e, por conseguinte, sem Cristo.

Lembremo-nos que Jesus condenou com veemência o comportamento dos religiosos de sua época, porque não tinham compromisso autêntico com a essência da fé apostólica.

Para Jesus, o Cristianismo não era nem nunca seria uma filosofia adotada e de simples prática. O Cristianismo é sim um estilo de vida comprometido com os valores eternos, que se traduzem em justiça social, amor ao próximo, respeito mútuo e submissão à vontade de Deus.

Mas é só pela Cruz que somos capazes de viver este estilo de vida; um estile de vida que nos é traduzido no trilhar constante de um caminho de sacrifícios e de submissão, que gera em nós o amor e a compaixão capazes de nos reconciliar com Deus, além de nos aproxima uns dos outros.

Aqueles que desejam encontrar-se com Cristo naquele dia não têm outra opção se não esta: seguir o caminho da vida à sombra da própria Cruz.

Que Deus te abençoe.

12.1.15

Conhecendo a Deus e a si mesmo.

Muitos são os momentos em nossas vidas em que ficamos ansiosos. Às vezes, ficamos até mesmo sem haver um motivo aparente.

A ansiedade é o medo de fatos futuros, o medo de circunstâncias as quais não conseguimos presumir o seu desfecho. E junto à ansiedade encontra-se a dúvida. Isto porque existem fatos em que não conseguimos ter certeza dos resultados que deles irão advir. E a dúvida pode trazer outro elemento consigo: a angústia. A angústia revela-se no reconhecimento de nossa impotência para definir o que virá depois ou para alterar um possível resultado. 

Diante da nossa impotência, buscamos sempre alguém ou algo maior e mais suficiente do que nós para nele ou nisto colocarmos nossa confiança e acharmos descanso, consolo e conforto. Então corremos para um abraço, para um colo, para uma ocupação, uma atitude; enfim, corremos para algo ou alguém que possa nos consolar e dar esperança de que o futuro pode ser sempre melhor do que aquele que esperamos ou presumimos. 

Bem, tenho aprendido que a Bíblia não revela apenas a natureza e essência de Deus, mas também revela a mim mesmo. Ela funciona como um espelho puro que corrige todas as distorções existentes em minha alma e que são reconhecidas ou não por mim mesmo. 

Quando lemos a Bíblia sob esta ótica nos sentimos absolutamente nus diante de Deus, sendo que é assim mesmo que Ele nos enxerga.

Talvez seja por isso que muitas pessoas evitam ler a Bíblia com o espírito de sujeição. Elas se deparam com verdades desagradáveis de si mesmas e percebem que Deus as vê em todo o tempo e que não conseguem esconder absolutamente nada Dele, nem mesmo aqueles pensamentos mais réprobos que fingem não ter.

Através da Bíblia aprendi a ouvi-Lo no silêncio de mim mesmo, pois descobri que posso fazer calar todas as vozes dentro de mim e concentrar-me somente na Sua, inconfundível e agradável, tão poderosa e ao mesmo tempo tão delicada.

Lendo a Bíblia comecei a passar mais tempo com Deus e com Sua Palavra e, com isso, pude ver coisas que ninguém jamais verá, já que algumas revelações e ensinamentos são individuais. Também pude ouvir coisas que ninguém jamais ouvirá, pois Ele sabe qual é a estrutura de cada um e tem algo exclusivo para neste sentido.

Mas o mais importante foi perceber o fato de que eu estava compreendendo verdades que só quem realmente está ligado a Ele pode compreender!

Meus melhores momentos então passaram a ser as frias, solitárias e ventosas noites, quando fico horas com minha Bíblia aberta, meu coração rendido e com Deus ao meu lado. 

É incrível como quando você começa a conhecer mais do Criador passa a conhecer mais de si mesmo, já que fomos feitos à sua imagem e semelhança.

Hoje, quando a ansiedade bate a porta do meu coração e o desespero começa a querer tomar conta de mim, lembro-me que existe um lugar e Alguém cuja boa palavra é poderosa para me restaurar a alegria, a esperança, a fé, o consolo e aquela inigualável paz que excede a todo entendimento. 

A ansiedade revela o quanto nós não confiamos em Deus. E, se pouco confiamos, é porque pouco o conhecemos. E se pouco o conhecemos, é porque pouco o buscamos, porque pouco meditamos em Sua Palavra, tornando-nos incapazes de ouvir sua voz.

“A ansiedade no coração do homem o abate, mas uma boa palavra o anima” - Provérbios 12:25

Que Deus te abençoe.

11.12.14

A Graça e o mundo atual.

"Sai depressa pelos becos da cidade e traze aqui, para a grande ceia no céu, os pobres, aleijados, cegos e os coxos" Lucas 14: 21

As pessoas do mundo atual estão tão focadas em fazer análises exteriores, que acabam dando forma a uma humanidade vazia, sem essência em valores morais e éticos.

No mundo atual, o belo, o bonito, o perfeito, o rico, além de inúmeras outras conotações de posses e status, passaram a ser sinônimos de felicidade.

É estranho, mas embora não seja algo fácil de ser admitido, essa ideologia acabou entrado pelas portas das igrejas evangélicas, com o consentimento até mesmo dos que se confessam cristãos.

Quem nunca viu paralíticos, cegos e pobres serem rotulados de infelizes? Quem nunca viu pobres, aleijados e cegos serem olhados com desprezo por serem, quem sabe, "amaldiçoados"?

Qualquer destes, estando presente em algumas reuniões religiosas, seriam convidados a se arrependerem dos seus pecados, para assim alcançarem felicidade, prosperidade, cura e até mesmo salvação.

Por vezes temos uma compreensão bem rasa das maneiras que Deus opera, de Seu propósito para a vida de cada um. E por esta razão nosso julgamento a respeito de fatos e pessoas não é seguro, sendo muitas vezes injustos e totalmente contrários ao que a Bíblia nos ensina.

Deus não julga segundo a aparência. Ele é perfeito, como também é o seu julgamento: O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração".I Samuel 16:7.

O verso de Lucas 14:21, nos revela Deus recebendo no Seu Reino pobres, cegos, coxos, aleijados. Eles não precisaram ser transformados na aparência, para serem considerados dignos de adentrarem no Reino de Deus. Foi a essência deles, isso sim, que os tornou dignos diante do Criador; e isso, pela fé e obediência a Jesus Cristo.

O apóstolo Paulo possuía um "espinho na carne". Seria algum tipo de enfermidade que o incomodava muito e que o tornava, de certa maneira, num homem fraco. Em sua carta aos Gálatas, Paulo diz: "Vos preguei o evangelho a primeira vez por causa de uma enfermidade física. E, posto que a minha enfermidade na carne vos foi uma tentação, não me revelaste desprezo, nem desgosto..." Gálatas 4: 13 e14..

Deus transformou Paulo, mas deixou nele um “espinho”.

Não vamos aqui avaliar e nem concluir as razões de Deus para ter feito isso. Contudo o que esse homem ganhou em vida e na morte, foi o que de melhor poderia acontecer. A graça de Deus favoreceu Paulo de tal forma, que sua vida é um referencial de graça e poder Divino. 

“A minha graça te basta, Paulo. Porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. II Coríntios 12:8

É por causa dessa crucial diferença entre parecer feliz e ser feliz de fato, que a Filosofia tem se aprofundado na busca do verdadeiro sentido do que seja "o mau".

A interpretação teológica e Bíblica deste conceito também incomoda a Filosofia, pois o que parecer ser “mal” segundo a Bíblia nem sempre é. Vejamos o exemplo da Cruz, onde o sofrimento e morte de Jesus poderiam ser considerados tragédia, crueldade e injustiça. Mas foi através desse sofrimento que os homens receberam o direito à remissão dos seus pecados e conseqüentemente a salvação de suas vidas.

Além disso, temos a passagem no Evangelho de João 9, onde Jesus caminha e se encontra com um homem cego de nascença. Os seus discípulos lhe perguntam, dizendo: “Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?” Jesus prontamente responde: “Nem ele pecou nem seus pais, mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus”.

A Graça de Cristo nos basta!

Que esta verdade seja como a luz de um farol em nosso coração, para que as “neo-teologias” não nos engodem e distorçam alguns princípios da nossa vida cristã: combater o bom combate, terminar a carreira e guardar a fé, olhando sempre para o Autor e Consumador da nossa fé, Jesus Cristo, sem nos desviarmos para as propostas mundanas da direita e da esquerda.

Que Deus te abençoe.